Inaugurado há um ano, Hospital da Mulher não cumpriu meta de funcionamento

Do Blog Carol Ribeiro

Sindsaúde emite nota à imprensa exigindo chamamento de servidores para o hospital inaugurado há um ano

Há um ano, em 29 de dezembro, as direções estadual e regional do Sindsaúde/RN visitaram o novo Hospital da Mulher de Mossoró, Maria Parteira. Mesmo com a presença do sindicato e a expressiva exigência da convocação de profissionais para atuar no local, a unidade foi inaugurada sem o contingente necessário para o seu funcionamento e mesmo hoje, um ano depois, ainda funciona com menos de 50% da capacidade, ou seja, apenas com serviços ambulatoriais.

A Secretaria Estadual de Saúde (SESAP) aponta a falta de RH como a principal causa do hospital funcionar apenas para consultas. 

Para o Sindsaúde RN, há aí uma severa contradição, considerando o quadro expressivo de servidores que aguardam a convocação do cadastro de reserva e “um crime já que muitos municípios dependem desse hospital e mulheres morrem sem atendimentos ou partos seguros”, diz.

O Sindicato destaca que tanto essa pauta (a convocação dos cadastros reservas), quanto a realização de um novo concurso público para atender o hospital foram pontos de discussão constantemente cobrados nas Mesas de Negociação SUS de 2023.

“Um hospital novo e bem equipado como o Maria Parteira estar com UTIs, emergência e salas de cirurgia inutilizáveis é um grande desperdício para população norte-rio-grandense, visto que sua criação deveria atender 63 dos municípios da região, uma população imensa e carente de serviços especializados. Mossoró, por exemplo, é o  maior município do estado depois de Natal, mas tem uma única maternidade que é privada conveniada com o SUS. O cenário contradiz, inclusive, as propagandas feitas pelo governo Fátima Bezerra (PT) que se promoveu, em período eleitoral, às custas de uma inverdade”, pontua a entidade em nota à imprensa.

O sindicato dos servidores da Saúde do RN diz constatar que, um ano depois de sua inauguração, não houve nenhum avanço no que se refere à prestação de serviços e que a unidade hospitalar serve apenas como uma mera propaganda eleitoral.

“Reiteramos que a reivindicação do sindicato sempre foi de que, por ser um serviço novo, o governo do Estado já estivesse preparado para convocar os muitos profissionais de nível superior que hoje encontram-se em cadastro reserva, pois, nossa defesa será sempre por um quadro de funcionários exclusivamente lotados no serviço público”, conclui.

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